domingo, 18 de julho de 2010

**O Príncipe e o Filósofo**



O príncipe Hi-Chang-Li era vaidoso e fútil. Um dia, ao regressar de um passeio em companhia de vários amigos, encontrou Confúcio. O venerável filósofo, sentado na laje de um poço, meditava tranqüilo.
- Eis uma oportunidade feliz - declarou o príncipe. Consultemos esse pensador famoso sobre as dúvidas que nos ocorreram durante a nossa excursão.
Um dos mandarins aproximou-se de Confúcio e interrogou-o:
- Em que consiste, ó esclarecido filósofo, a verdadeira caridade?
- Em amar os homens! - foi a resposta.
- E a Ciência?
- Em conhecer os homens!
- E o erro?
- Em confiar nos homens!
- E qual a arte mais difícil?
- Governar os homens!
Ao ouvir aquelas respostas, disse o príncipe, em voz baixa, ao mandarim:
- Noto que o velho retórico insiste em formular as respostas da mesma forma, relacionando-as,
invariavelmente, com os homens. Irrita-me essa preocupação maníaca. Pretende, com certeza, divertir-se à
nossa custa. É preciso interroga-lo de modo que ele se veja obrigado a modificar o estribilho.
- Nada mais simples - rosnou, entre dentes, o mandarim.
E dirigindo-se, em voz alta, ao sábio:
Podes dizer-me, o eloqüente filósofo, quantas estrelas há no céu?
Respondeu o Mestre:
- São tantas quantos os pecados, erros, defeitos e impertinências dos homens!
E,depois de proferir tais palavras, levantou-se vagaroso e afastou-se dos indesejáveis argüidores.

**O Elemento Feminino**


Estava um mestre rodeado por seus pequenos alunos
quando um deles perguntou:
- Mestre, por que a beleza é representada por imagem de mulher?
Pôs-se a dizer o Mestre:
- Observe a natureza e veja que o belo nela se manifesta
através de elementos femininos:
Como seria o céu sem as nuvens, a Lua e as estrêlas?
Como se mostraria o Sol sem a luz?
O mar nos encantaria sem as águas e as ondas?
Os desertos, como seriam sem as areias e as pedras?
Os bosques teriam perfume sem as árvores e as flores?
O dia prometeria repouso se não houvesse a noite?
Que força teria o fogo se não tivesse as chamas?
Que frescor teria o solo sem a relva?
Que alívio teríamos no verão se não caísse a chuva?
Qual a beleza do inverno que não apresenta a neve?
Haveria romance no outono sem as folhas sopradas pelo vento?
A primavera e suas flores não é a mais linda estação?
Nossos corpos se moveriam se neles não corresse a vida?
O menino refletiu algum tempo e em seguida argumentou:
- Sim, são todos elementos femininos,
mas o senhor não falou sobre a mulher...
Respondeu-lhe o Mestre:
- Mas vou falar-lhe sobre o coração:
Nele estão a alma, a paixão e a alegria.
Nele está a beleza da cantiga que acalanta o homem...
e sua melodia é sempre uma Mulher...




Ramadan



O Ramadan (nono mês do calendário Muçulmano) é um mês especial. É um tempo de reflexão, de devoção a Deus e de autocontrole. Para muitos, é um modo de autopurificação espiritual. Os muçulmanos jejuam durante todo o mês. O jejum começa quando o dia amanhece e termina no pôr do sol. Durante as horas do dia, não podem comer, beber ou fumar. Normalmente há uma refeição rápida (suhoor) no alvorecer e outra (iftar) no final do dia. Os marroquinos são proibidos por lei de desrespeitar publicamente o jejum e alguns são presos por este motivo.
Quando o mês de jejum termina, há uma celebração, o Id-al-Fitr (banquete da quebra do jejum), que dura três dias, onde presentes são trocados e amigos e famílias se reúnem para orar e para fazer grandes refeições.
 

Chás em Marrocos


Há 3 tipos principais de chá em Marrocos: O chá verde com menta, o chá de menta, o chá verde.
O chá só com menta é muito usual no Norte de Marrocos, o chá verde com menta é geral por todo o país e o chá verde simples é usado muito no Sul.
Parece que o chá verde foi introduzido em Marrocos no século XVIII quando um carregamento inglês de chá vindo da Ásia teve que ser deixado nos portos marroquinos. Mal sabiam os ingleses que estariam a influenciar de maneira brutal a cultura deste país africano.
O chá em Marrocos normalmente é carregado com açúcar, muito e em quantidades exageradas. Se não gosta ou não pode consumir açucar, diga antes de lhe servirem o chá. A recusa do mesmo pode parecer um pouco inadequado à situação.
Existem ainda outras variedades de chás e ervas que pode comprar nos mercados e souks pelas cidades. Existem pelos mercados “ervanárias naturais” com uma série de produtos desconhecidos e alguns até arrepiantes como lagartos embalsamados e gafanhotos secos para curar gripes e coisas do genero.


                                      Khadija Saad