quinta-feira, 9 de setembro de 2010

"A meia ponta-essencial na Dança Classica Oriental"



Bases primordiais para uma meia ponta estruturada- Os princípios desta aula partiram da colaboração maravilhosa de Sasha Holtz

1. Imagine que as costelas (os ossinhos do tronco) formam uma gaiola e dentro dela tem um passarinho. Se você fechar a gaiola demais, ou seja, não segurar o tronco, você mata o passarinho. E se você abrir demais, deixar os ombros abertos demais, ultrapassando a linha limite, o passarinho vai sair.Tem que deixar o passarinho dentro da gaiola, mas sem matá-lo!!!

2. Imaginar que nas axilas vivem dois amiguinhos, o Kiko de um lado, e a Keka do outro, e para mantê-losvivos deve deixar que eles respirem.

3. Para deixa-los respirar deve-se deixar os braços descolados das axilas. Se ficarem grudados vai acabar matando de asfixia estes moradores, e não é esse o nosso objetivo.( NÃO CUSTA UM POUQUINHO DE HUMOR!!)

4. Asas de urubu (péssimo exemplo): o urubu de vez em quando abre as asas e as deixa assim para que sequem, com o peso elas começam a cair, além de o urubu já ter um péssima postura com ombros arqueados, fazendo suas asas parecerem mortas.

5. Asas de águia (um bom exemplo): a águia já nasceu com uma certa postura, peito aberto, braços alongados que são percebidos ao vê-la voar. Pensar em manter os braços como as asas e uma águia “abertos e alongados”.

Posições dos pés e pernas

O ballet foi baseado na concepção de que ao virar os pés e as pernas pra os lados externos do corpo, isto é, para fora, não somente se conseguia atingir mais estabilidade e maior facilidade na movimentação, como também maior beleza de linhas.Essa concepção é chamada de en dehors (para fora), o que é adquirido lentamente sem ser forçado.

Não se deve pedir a alunos principiantes um perfeito en dehors antes de seus músculos estarem aptos a executá-los sem demasiado esforço.

 Porém, este movimento antinatural deve se tornar para um bailarino uma segunda natureza.Portanto, no ballet, o princípio básico mais importante é o de aprender a virar as pernas, que em sua posição normal estão para a frente, para os lados, com a ponta dos pés para fora, os calcanhares para dentro, os joelhos e as coxas acompanhando as pontas dos pés.

É importante adquirir a facilidade de virar as pernas en dehors a partir da coxa até o pé, sem a ajuda dos quadris e do corpo. Porém, não é recomendável forçar demais os principiantes para evita

defeitos posteriores nos pés e nos joelhos.Para tudo isso, porém, é também necessário uma boa colocação dos pés, que devem estar relaxados e com o peso do corpo bem distribuído (sem deixá-los cair nem para um lado nem para o outro).

 Distribui-se o peso do corpo em cima do pé tomando como ponto de apoio o seu meio. Além disso, quando no ar, o pé deve estar extremamente esticado, sendo que as pontas dos dedos vão para baixo forçando assim o calcanhar para fora (frente).

En Dedans - Para dentro.

Em passos e exercícios o termo en dedans indica que a perna, à terre ou en l'air, se mexe em movimento circular em sentido anti-horário de trás pra frente

En Dehors - Para fora.

Em passos e exercícios o termo en dehors indica que a perna, à terre ou en l'air, move em uma direção circular, em sentido horário de frente pra trás.

Relevé - Elevado.

Uma elevação do corpo em pontas ou meia pontas, ponta ou meia -ponta. Foi feita seqüência de oito tempos, segurando na meia ponta durante 2 tempos, depois quatro. E etc. Utilizamos também troca de peso, sustentar numa perna só para ajudar no equilíbrio para os arabesques.

Tendu - esticado.

 Termo utilizado quando para designar um movimento em que uma das pernas é esticado. Foi feito exercícios indo frente, lateral e trás. Importante lembrar: trajetória do pé, o dedão (ou melhor os dedos) são os últimos a sair do chão, o pé sai como que lambendo, e na volta é o contrário, o calcanhar é o último a encostar no chão.

Giros

Souteni – sustentado. É quando sai normalmente de sua posição para girara sobre si mesmo. O passo pode ser feito para as laterais ou para frente (utilizado na dança do ventre em seqüências com arabesque).

Chainés - Uma série de voltas rápidas na ponta ou demi-pointe feitos em linha reta dentro de um círculo.

Literatura de Ballet - IndicaçõesDicionários:

Dicionário de Ballet – Madeleine Rosay – Editora Nórdica
Dicionário de Ballet e Dança – Antonio José Faro e
Luiz Paulo Sampaio – Jorge Zahar Editor

História dos Grandes Ballets

Giselle e outras histórias de Ballet I – Luiza Lagoas – Editora Nórdica
Carmem e outras histórias de Ballet II - Luiza Lagoas – Editora Nórdica
Sílvia e outras histórias de Ballet III - Luiza Lagoas – Editora Nórdica

Ballet Uma Arte – Dalal Achar –Ediouro“É uma enciclopédia, tem nomenclatura, histórias dos ballets, sobre a dança, as coreografias, o mundo do ballet, um capítulo sobre a alma na dança, além de noções de música clássica, glossário e algumas bibliografias sobre grandes nomes como Martha Graham, Nijinsky, Fokine e outros.”

Sasha Holtz

Ana Botafogo Na Magia do Palco Ana Botafogo e Suzana Braga – Editora Nova Fronteira
“É o 1o. Livro da Ana.Ela conta a história do ballet e juntamente a sua, os primeiros passos, o reconhecimento, as derrotas, as dificuldade e os obstáculos durante sua carreira. Conta também as histórias dos Grandes Ballets que dançou em sua carreira, e o seu envolvimento com os papéis, o trabalho de interpretação, de se deixar viver na pele da personage. Enfim, todo o trabalho por trás dos bastidores, entre ele e o coreógrafo,ou ela e um mestre. É uma viagem junto com a Ana”

Sasha Holtz

Ana Botafogo na ponta dos pés , a trajetória de uma estrela Baseado em entrevistas para Leda Nagle e Dalal Achar – Editora Globo.“Nesse 2o. livro, Ana nos leva para o mundo do Ballet onde se desenrola o dia-a-dia de uma bailarina. Não deixa de ser o mundo de `glamour` que nos vem á mente, mas o mundo de árduas batalhas diárias, do medo de um novo desafio, dos medos de qualquer grande estrela, dos ensinamentos sutis de grandes mestres. É uma lição não só de dança, mas de persistência e amor á arte”

Sasha Holtz

Márcia Haydée – Uma Vida para a DançaDe Telma Mekler e Márcia Haydée –
Relume Dumará“É um dos livros que guardo comigo com certo carinho para de vez em quando abri-lo e ler alguns trechos, devido aos grandes ensinamentos que foram transmitidos á Márcia e que ela transmite nesse livro.Ela conta sua trajetória desde que deixou o Rio em busca de uma oportunidade no exterior. Mostra como é vida árdua de uma artista em início de carreira, mas o mais sábio de sua trajetória é quando ela conhece Cranko (John), o coreógrafo que a levou para o Stuttgart, e que a transformou em “ Musa Inspiradora”.
Foi ele quem acreditou no potencial dela e a fez crescer, tanto que muitos chamavam-a na época de“ A Bailarina de Cranko”. Além disso ela conta a época em que trabalhou com Maurice Béjart, e seu envolvimento com os homens de sua vida, como seu avô, Maurice, Cranko, Jorge Donn e outras que sem´re estiveram ao seu lado tanto nas horas boas como nas ruins..Uma das coisas que aprendi é o que um mestre faz. Os mestres são aqueles instrumentos divinos que sabem desenvolver um talento quando o encontram, fazendo com que estes se libertem do físico, colocando o sentimento, e emoção e sobretudo á entrega de alma no palco. (sorte dos talentosos que os encontram!). Como diz Béjart “ Eu não ensinei nada para a Márcia. Somente ajudei-a a se liberar”

Sasha Holtz

Memória do Sangue – uma autobiografia de Martha GrahamMartha Graham
 – Editora Siciliano“Martha nos leva para o seu mundo, o mundo de suas inspiraçõe e, de sua trajetória.

Nos conta o que ensinava aos seus discípulos, a essência que a movia, como os ensinava á umtrapassar os obstáculos que se levantavam. Para mim é um livro de ensinamentos e de descobertas, aprendo cada vez mais com suas lições.”


Sasha Holtz

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